Festival Dulcina de Morais Cenas curtas – Brasília 2010
Blog Cenas Curtas Galpão Cine Horto Junho-2010
"No princípio era o verbo". Mas antes do verbo, havia o nada. Então, a palavra não ocupa tudo. Dentre as obras literárias canônicas, sempre haverá uma lacuna. Não em termos dela não ser fechada e coerente dentro de sua verdade ficcional. Mas há de haver sempre alguns espaços lúdicos que cabem às interpretações preencherem. E irem além.
Uma Cor de raras Facetas -Flicts de Mariana Jacques
Por: Marina Severino
Toda boa história merece ser contada. Flicts, mais uma remontagem do texto de Ziraldo ,põe de volta em cena a apagada cor que deseja fazer a diferença ao lado de outras cheias de expressividade e simbologia.
Na interpretação de Mariana Jacques a história parece limpa. Sozinha ela limita a perfomace dentro dos limites de circulo branco no chão do qual raramente transpõe os extremos. Mesmo assim, domina a cena como se corresse todo o palco.
Direcionada pela estrutura das apresentações dirigidas pelo carioca Julio Adrião, Mariana lança mão de uma interpretação multifacetada. Todos os personagens dos mais brutos ao ingênuo e esforçado Flicts, dividem o corpo da atriz. A expressividade é reforçada com recursos de mímica que tornam possível reproduzir sons e personalidades como se houvesse a interação de varias pessoas e objetos em cena. Torna-se fácil que a apenas uma pessoa.
Ao não se repetir na caracterização ela expõe toda sua versatilidade cênica sem soltar o publico em nenhum dos 15 mim de apresentação. E transforma o texto, muito popular em ma oportunidade nova,tão divertida e marcada como ler Flicts pela primeira vez.
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"No princípio era o verbo". Mas antes do verbo, havia o nada. Então, a palavra não ocupa tudo. Dentre as obras literárias canônicas, sempre haverá uma lacuna. Não em termos dela não ser fechada e coerente dentro de sua verdade ficcional. Mas há de haver sempre alguns espaços lúdicos que cabem às interpretações preencherem. E irem além.
A cena Flicts, baseada na obra de mesmo nome, do escritor Ziraldo, extrapolou todas as lacunas, e o fez positivamente ao construir junto com o texto original. Nas mãos (voz, corpo, atuação e alma!) da única atriz, Mariana Jacques, que interpretou trazendo para os dias atuais a cor rejeitada, o resultado foi um retrato bastante caricatural e, ainda criativo. A caixa de lápis negando a participação, mas consolando: "O essencial é invisível aos olhos". A primavera personificada caracterizando Flicts como demodê e o enquadrando numa coleção retrô. O arco-íris brincando com o número das cores que o compõe: "Sete, muito cabalístico para ser mudado", coisa de família tradicional, é a ordem natural do mundo, mesmo. A bandeira. O mar.
"Só os astronautas sabem - que bem de perto, de pertinho, a lua é Flicts". Em cheio! O alvoroço do lance parecia já ter decidido o resultado. As luzes se apagam, o time de uma só sai de campo e a música não podia ser outra para o intervalo. "Brasil- sil- sil- sil"!
======<() PÒÒÒÒÒNNNN!!!
ResponderExcluirMariana ROCKS! =)