quarta-feira, 23 de junho de 2010

Críticas de Flicts

Festival Dulcina de Morais Cenas curtas – Brasília 2010

Uma Cor de raras Facetas -Flicts de Mariana Jacques
Por: Marina Severino
    
  Toda boa história merece ser contada. Flicts, mais uma remontagem do texto de Ziraldo ,põe de volta em cena a apagada cor que deseja fazer a diferença ao lado de outras cheias de expressividade e simbologia.
Na interpretação de Mariana Jacques a história parece limpa. Sozinha ela limita a perfomace dentro dos limites de circulo branco no chão do qual raramente transpõe os extremos. Mesmo assim, domina a cena como se corresse todo o palco.
    Direcionada pela estrutura das apresentações dirigidas pelo carioca Julio Adrião, Mariana lança mão de uma interpretação multifacetada. Todos os personagens dos mais brutos ao ingênuo e esforçado Flicts, dividem o corpo da atriz. A expressividade é reforçada com recursos de mímica que tornam possível reproduzir sons e personalidades como se houvesse a interação de varias pessoas e objetos em cena. Torna-se fácil que a apenas uma pessoa.
Ao não se repetir na caracterização ela expõe toda sua versatilidade cênica sem soltar o publico em nenhum dos 15 mim de apresentação. E transforma o texto, muito popular em ma oportunidade nova,tão divertida e marcada como ler Flicts pela primeira vez.





Blog Cenas Curtas Galpão Cine Horto Junho-2010


"No princípio era o verbo". Mas antes do verbo, havia o nada. Então, a palavra não ocupa tudo. Dentre as obras literárias canônicas, sempre haverá uma lacuna. Não em termos dela não ser fechada e coerente dentro de sua verdade ficcional. Mas há de haver sempre alguns espaços lúdicos que cabem às interpretações preencherem. E irem além.
A cena Flicts, baseada na obra de mesmo nome, do escritor Ziraldo, extrapolou todas as lacunas, e o fez positivamente ao construir junto com o texto original. Nas mãos (voz, corpo, atuação e alma!) da única atriz, Mariana Jacques, que interpretou trazendo para os dias atuais a cor rejeitada, o resultado foi um retrato bastante caricatural e, ainda criativo. A caixa de lápis negando a participação, mas consolando: "O essencial é invisível aos olhos". A primavera personificada caracterizando Flicts como demodê e o enquadrando numa coleção retrô. O arco-íris brincando com o número das cores que o compõe: "Sete, muito cabalístico para ser mudado", coisa de família tradicional, é a ordem natural do mundo, mesmo. A bandeira. O mar.
"Só os astronautas sabem - que bem de perto, de pertinho, a lua é Flicts". Em cheio! O alvoroço do lance parecia já ter decidido o resultado. As luzes se apagam, o time de uma só sai de campo e a música não podia ser outra para o intervalo. "Brasil- sil- sil- sil"!



 Trecho Flicts Cabo frio 2009 :http://www.youtube.com/watch?v=CsFtw9XwjhI  
Festival de Cabo frio Agosto -2009 Por: Jiddu Saldanha
Mariana Jacques teve uma atuação primorosa, espontânea e pulsante. Ela manteve-se criativa, atenta e emprestou à proposta  um corpo e voz no seu melhor momento. Com isso, ela conseguiu arrebatar o calor da platéia que, agradecida, aplaudiu-a ruidosamente de pé e por um longo tempo. Foi um momento inesquecível e a sensação que ficou desde sua primeira apresentação é de que, seria ela a escolhida para levar o troféu de melhor atriz.
O que pesou muito em sua interpretação foi a qualidade vocal aliada a uma tensão precisa de seus músculos que faziam encaixes perfeitos a cada passagem de personagens. Sua forma de interpretar revelou uma atriz com habilidades de mímica teatral, isso mesmo, seu teatro traz os traços de uma Denise Stoklos, só que mais suave, obviamente, pois, se é teatro essencial, Mariana entregou ao seu esquete a sua essência.
A mímica, aliada à palavra é um grande recurso para o ator, principalmente se se tratar de teatro narrativo, a virtuosidade da linguagem gestual pode ser muito saborosa se for articulada com inteligência, podendo tornar-se universal e atravessar as diferenças da platéia e foi assim que o espetáculo “Flicts” se afirmou. Com forte uso da linguagem mimo-teatral a cena ganhou impacto em seu resultado final, podemos então, contemplar a bela história de Ziraldo (conhecido também por ter paixão pela arte da mímica) e que, certamente, ficará honrado se assistir sua obra adaptada para o teatro de esquete.

Destaco aqui a iluminação simples que combinou perfeitamente com o figurino, maquiagem e o circulo de linóleo no chão, demarcando a área de atuação.



FOTOS: MARCO AURÈLIO PRATES - Cenas Curtas Galpão Cine Horto 2010Valeuuuuuuuuuuuuuuuu MARCÃO  ======<() PÒÒÒÒÒNNNN ARRASA NAS FOTOS FI ! 

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